Reflexão de uma madrugada

Mudamos que nem notamos não é mesmo? Sempre achamos que era uma coisa quando na verdade era outra e nem percebemos quando essa chave é virada, ou percebemos, mas chegamos a um ponto que não importa se está ou não mudando. Uma coisa que observei no ultimo ano é que certas coisas não me fazem diferença se vai acontecer ou não. Comecei a dar valor em situações que antes não me eram relevantes e outras eu sei que ainda estou falhando. Que apesar de saber que tenho que mudar eu ainda não quis ou não tive a maturidade para tal. 

Não me imaginei escrevendo o que vocês estão lendo, não foi nada planejado, estamos na primeira sexta do ano e eu estou deitada na minha cama pensando o que fazer da minha vida que sinceramente anda uma bosta. Acabei de pensar em não publicar esse texto, mas agora estou aqui pensando: porque não? Dane-se. Uma coisa que eu aprendi a muito tempo e havia me esquecido é: não estou nem aí para a opinião alheia, ninguém paga as minhas contas para estar se metendo ou dando opinião quando não é pedida. 

Passei por tanta coisa no último ano, nos últimos anos na verdade, mas esse ultimo não consegui, simplesmente não tinha mais forças para manter as aparências, e ainda não tenho, tudo que eu tenho feito mesmo que aos poucos é com grande esforço de não dar fim em tudo. O fim parece tão atraente agora. Mas não posso, decepcionaria pessoas que amo e com isso eu ainda não posso viver. Lutei tanto para ter algumas das coisas que tenho na vida que eu ainda não posso fazer tal loucura. Vi tanta crueldade, tanta maldade, tanta falta de empatia que me dá vontade de pegar muitas pessoas por aí e esganar de vez. 

Existem muitas pessoas ruins no mundo. E acreditem, por experiencia própria, as piores são aquelas que te cercam sempre e te chamam de amigas, mas raramente são mesmo suas amigas. Cuidado com quem coloca nessa categoria. Minha vó sempre falava: amigo de verdade a gente conta em um palmo de mão. Eu, muito nova, não acreditava. Bom, eu cai no conto do lobo vestido em pele de cordeiro. E meu Deus, como me odeio por isso. 

A vida é uma só, falam para vivermos intensamente, como se não houvesse amanhã. MENTIRA!! Viva como se houvesse amanhã sim, e planeje tudo, não nos mínimos detalhes porque isso gera frustração e frustração se gera muitas outras coisas. Mas planeje, desde uma ida ao cinema até uma grande viagem ou uma grande compra em sua vida. A vida continua sendo uma só, mas você tem que saber viver de maneira correta para não chegar em idade mais avançada (se chegar) e sua lista de arrependimentos ser maior do que a lista de vitórias. 

Talvez você leia esse texto, se é que alguém vai ler, e pensei que estou falando muitas abobrinhas. Mas não estou, decidi esse ano voltar para o blog, não dstv como pensei em muitos momentos, mas será no meu jeito, no meu tempo. Não vou mais me cobrar porque não saiu nada para vocês, afinal, hoje em dia poucos se importam. Vou viver! Amo o meu blog, lutei muitos anos por ele, não só ele como meu canal e Instagram, e hoje vejo que pouquíssimas pessoas dão valor em todo o meu trabalho para manter isso aqui. 

Vendo isso eu vi que estava fazendo errado, estava fazendo isso para agradar a todos, ter um pouco de glamour, mas eu vi a quão patética estava sendo por pensar assim, tenho que fazer por mim, voltar a fazer por amor, não para ganhar uma parceria ou nome. Reconhecimento vem, quando vem, na hora certa e pelos motivos corretos não por futilidades. E está tudo bem, estou feliz com isso. 

Então se você leu até aqui, parabéns, e muito obrigada, essa aqui é mais o menos uma carta para mim mesma, de alguns pensamentos que passam pela minha mente e que eu queria colocar para fora, mesmo que em desordem como está. E saibam que aqui ainda terá sim, sempre que possível algo novo e verdadeiro para vocês, e espero que poucos ou muitos, mas os que lerem, gostem, isso para mim vale muito mais a pena. Um simples comentário positivo e sincero para mim vale muito mais a pena do que vários comentários vazios e sem nexo. 

Beijos