Resenha: Volúpia de Veludo

Confesso que não me encontro muito feliz escrevendo essa resenha para vocês, na verdade me sinto muito triste. Pois é um gênero que eu adoro, era um livro que eu estava mais do que ansiosa para fazer a leitura, mas que no final, se tornou bem triste, então se prepare, pois teremos uma resenha negativa agora. 

Título: Volúpia de veludo
Autor(a): Loretta Chase
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Ano de Publicação: 2017
Gênero: Romance de Época
Nota: 3/5
Onde comprar: Amazon / Saraiva
Sinopse: Simon Fairfax, o fatalmente charmoso marquês de Lisburne, acaba de retornar relutantemente a Londres para cumprir uma obrigação familiar.
Ainda assim, ele arranja tempo para seduzir Leonie Noirot, sócia da Maison Noirot. Só que, para a modista, o refinado ateliê vem sempre em primeiro lugar, e ela está mais preocupada com a missão de transformar a deselegante prima do marquês em um lindo cisne do que com assuntos românticos.
Simon, porém, está tão obcecado em conquistá-la que não é capaz de apreciar a inteligência da moça, que tem um talento incrível para inventar curvas – e lucros. Ela resolve então ensinar-lhe uma lição propondo uma aposta que vai mudar a atitude dele de uma vez por todas. Ou será que a maior mudança da temporada acabará acontecendo dentro de Leonie?
Volúpia de veludo, terceiro livro da série As Modistas, é uma história de amor envolvente, com personagens femininas fortes e determinadas que transitam com perfeição entre o romantismo e a sensualidade.

Sou uma grande fã da Loretta, desde o seu primeiro lançamento aqui no Brasil à autora conseguiu me seduzir com "O príncipe dos canalhas". Então quando teve essa série intitulada “As Modistas” a felicidade foi grande. O primeiro teve muita sensualidade, jogo de sedução e muita confusão, o segundo foi uma corrida e uma avalanche de confusões e risadas, mas o terceiro... No inicio foi até engraçadinho, mas depois se tornou uma leitura muito mais muito arrastada para mim.

Em Volúpia de Veludo vamos conhecer a terceira irmã desse trio, Leonie ou a irmã ruiva se preferir não confundir de quais das irmãs estamos nos referindo. O fato é que ela é a única irmã que ainda se encontra solteira. Bom, solteira quando se fala de homem, porque de trabalho, ela vive para ele, então... Extremamente pratica e lógica ela não se vê casando com homem algum, pois teme perder sua preciosa loja de roupas, cuja qual ela daria a vida para manter em funcionamento.

“ - Não veio pela poesia, então.
Ela deu de ombros.
- Sou proprietária de uma loja, milorde. Não tenho sensibilidade romântica.”

Consegui notar que ela tem certo rancor das irmãs por terem se casado e se distanciado da loja, e isso me irritou profundamente, chegou a beirar o egoísmo e talvez a inveja, de ter que trabalhar em dobro e as irmãs estarem felizes e casadas. Tinha momentos que queria entrar no livro e dar uns bons tapas na cara dela para ver se acordava. Para alguém que é extremamente lógica não deveria ficar com esses pensamentos e sim tocar a vida.

O outro lado da moeda tem Simon o nosso belíssimo Marques de Lisburne, depois de anos fora da Inglaterra ele retorna com seu primo que é um poeta e está divulgando seu novo livro. Ao colocar os olhos em Leonie ele se encanta por completo por ela, mas sendo um galanteador como é prefere seduzir nossa modista para matar o tempo que estiver em Londres. Um homem versátil, observador, encantador e determinado, é isso que encontrei nesse personagem. O que foi um certo alivio e os únicos momentos que me atraia a ler.

Agora creio que caiba a mim explicar o porque esse livro não me encantou e eu fiquei na duvida se dava 2 ou 3 em sua nota. Nos outros livros da série temos um debate bem essencial que é a mulher no mercado de trabalho e aonde ela queria se encaixar na sociedade, não temos aquelas meninas inseguras que precisam ir para bailes e tentar encantar os boys magias. Isso foi um enorme diferencial que a autora propôs, só que nos outros dois primeiros volumes Loretta quase não trabalhou Leonie, então chegar a um terceiro livro e colocar ela do inicio ao fim sem quase ou praticamente nenhuma das outras irmãs foi MUITO CHATO, então apesar de ela continuar a mostrar a luta para uma mulher trabalhar naquela época não ficou uma leitura tão gostosa como nos outros volumes.

“Ele estava mexendo com seus sentimentos. Estava despertando nela desejo. Ela – a irmã Noirot sensata, que tinha os dois pés plantados com firmeza no chão – havia de alguma forma permitido que ela a transformasse em uma idiota sonhadora.” 

O principal enredo desse livro foi muito similar ao do primeiro, é como se a autora não tivesse pensado no que fazer para essa personagem um tanto sem sal e criou qualquer coisa. Isso foi decepcionante.

Eu demorei muito para conseguir finalizar essa leitura, um livro que eu achava que terminaria em 2 dias terminei em 3 semanas. Para mim é muito doido falar assim de um livro cujo gênero eu ame tanto, mas eu tenho que ser sincera com vocês não é gente?! O final foi previsível, claro, afinal é de um clichê que estamos falando, mas ele ficou extremamente corrido, ela poderia ter parado de enrolar tanto no inicio e ter elaborado melhor o final.

Mas deixo bem claro que essa é a minha opinião afinal teve amiga minha que amou o livro e leu ele bem rapidamente. Então é tudo muito divergente de uma pessoa para outra, né non? rsrs