Agora e sempre - Judith Mcnaught - Bertrand

Se tem uma coisa que estou amando é conhecer novas autoras de romance de época, aquelas mais raiz sabe, mais antigas, e Judith é uma delas, infelizmente ela está estourando só agora no Brasil mas o bom é que estou tendo a oportunidade de ler algumas obras dela, e mais uma foi pra lista dos lidos, e é dela que vamos falar agora, preparados? Vamos lá então.

Título: Agora e sempre
Autor(a): Judith McNaught
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 415
Ano de Publicação: 2012
Nota: 4/5
Sinopse: Em 1815, a americana Victoria Seaton perde os pais em um trágico acidente. Ela e a irmã Dorothy ficam desamparadas até descobrirem que a mãe pertencera à aristocracia inglesa. As irmãs são forçadas a partir para a Inglaterra e se hospedarem na casa de parentes desconhecidos. Victoria surpreende-se com seu primo distante, o lorde Jason Fielding, disputado pelas mais belas mulheres da alta sociedade. Confusa pela arrogância de Jason, mas atraída por seu forte poder de sedução, ela percebe o primo é assombrado por um passado doloroso.

Bom, pela sinopse já notamos que tem uma pegada diferente, eu mesma quando peguei esse livro para ler não li sinopse nem nada, simplesmente peguei meu kindle e fui ler, e quando comecei a história na América fiquei um tanto confusa e querendo saber aonde minha amada Inglaterra iria entrar, até que enfim eu entendi, entendi tudo perfeitamente e ai não consegui mais parar, pois Victoria e Lord Jason já haviam me sugado e eu não podia deixar eles desamparados. 

Imagine perder os pais e descobrir um passado de sua mãe que nunca lhe passou pela cabeça, mudar de continente, chegar na casa de um parente que até alguns meses atrás nem sonhava que existia, com costumes que não estava nem um pouco familiarizada e acima de tudo um tutor que simplesmente era a arrogância e grosseria em pessoa. Confesso que fiquei sensibilizada por Victoria no início, mas logo vi também que não era necessário, porque a mulher endiabrada é essa viu. Forte, determinada, daquelas que quando enfia algo na cabeça não tira por nada, destemida. Até um lobo que jurava ser um cachorro arrumou como companhia e protetor. Mas é claro que por trás de todo muro de concreto existe uma flor para ser recolhida, e ela não fica atrás. 

Temos um Lord que confesso é um tanto difícil de se apaixonar de cara, mas isso é um traço da escrita de Judith ela nunca constrói homens para você se apaixonar instantaneamente, até porque ele tem um trauma que lhe deixou completamente fora do eixo e não se importa de que as pessoas não lhe suportem, mas ela primeiro mostra o pior que ele pode fazer para depois mostrar que todos tem um lado bom também, mas Jason por diversas vezes me imaginei afogando no rio sem dó alguma. Não que no final eu não tenha me apaixonado. Detalhes, detalhes. 

“Jason era frio, cínico e amargo, além de ser dono de um temperamento completamente desequilibrado! Nenhum homem em sã consciência seria capaz de beijar uma mulher com ternura e paixão, para se tornar frio e cruel alguns instantes depois. Não, Jason não era um cãozinho de estimação, mas sim tão perigoso quanto uma pantera.”

Nossa autora tem a tendência em construir histórias mais densas, com pequenas doses de leveza, e ual, esse livro me deixava sem folego em alguns momentos e eu me via forçada a parar para respirar e assimilar tudo. O fato é que a autora sabe bem como construir seus personagens, seja os protagonistas ou secundários, e nesse ela ainda coloca como foco a mãe de Victoria, uma mulher que morre logo no inicio da história sai impactando todo o enredo. Isso é muito gostoso, pois não fica cansativo em momento algum. 

Confesso também que peguei ele pois recebi a meses atrás o segundo volume na minha caixa de assinatura da Carina Rissi, e ainda bem, pois me deu uma ótima leitura, só me deixou mais ansiosa para ler o segundo, coisa da qual pretendo fazer em breve e claro que irei vir aqui contar tudo. Mas saiba de uma coisa, para ler Judith você tem que ter a mente a aberta e não ser mimizenta, pois ela traz momentos e situações de forma crua, brutal as vezes e pode sim ser interpretado de diversas maneiras, então vá com calma se você já não é acostumado com a escrita dela. Só uma dica mesmo. 

“A razão lhe ordenava que fugisse, mas o coração suplicava que não fosse covarde.”

Indico demais essa leitura, e não só ela como todos os romances de época já publicados pela Bertrand dessa autora sensacional, pois eu mesma não me arrependo em momento algum de ler os livros dela, e se você for fã do gênero sei que não vai se arrepender. 

Beijos