16 de mai. de 2019

Quando ela desaparecer - Victor Bonini - Faro Editorial


Hoje eu estou aqui para falar do livro “Quando ela desaparecer”, do autor brasileiro Victor Bonini e publicado pela Faro Editorial no início de 2019. É o terceiro livro do autor publicado e o terceiro de uma “série” de 3 livros que possuem um personagem em comum: o detetive Conrado Bardelli.



Título: Quando ela Desaparecer
Autor(a): Victor Bonini
Editora: Faro Editorial
Páginas: 272
Ano de Publicação: 2019
Gênero: Suspense
Nota: 5/5
Obs: Livro cedido em parceria
Sinopse: Uma garota de dezesseis anos desaparece durante uma excursão escolar. Mas não se trata de qualquer garota. Dois anos atrás, ela esteve à beira da morte, e quando foi encontrada, ninguém acreditou que sobreviveria.
Agora, há dois meses desaparecida, não restam dúvidas de que esteja morta. Rastros de sangue e um colar arrancado são as únicas pistas. Pressionados, os policiais estão desesperados por respostas, mas ninguém na longa lista de suspeitos parece ter forte motivação para cometer um crime.
Até que o caso vira de cabeça para baixo e segredos muito bem enterrados emergem para revelar o lado cruel de um lugar aparentemente tranquilo. No meio de tantos possíveis culpados, os inocentes é que estão mais aflitos… porque alguns deles começaram a morrer.

A história se passa no bairro Cecap, em SP, e nos conta sobre a jovem Francisca Silveira do Carmo, a Kika, uma garota de 16 anos que desapareceu sem deixar rastros durante uma excursão da escola em que estudava. O mistério que ronda a personagem é grande, já que dois anos antes a menina havia sido alvo de um ataque e por pouco sobreviveu. Após dois meses desde seu sequestro, a menina é encontrada com vida, mas bastante traumatizada. A narrativa aqui é um pouco diferente, já que é feita por uma colega de classe de Kika, 7 anos depois do ocorrido. É uma narrativa jornalística, onde ela nos apresenta os fatos, matérias de jornais, comentários de facebook, tudo o que envolveu o crime na época. 




“Meia hora depois, o diretor e o professor de biologia encerraram o intervalo e chamaram os alunos para fazer uma fila. Era o fim do passeio. Mas no momento de contar os nomes, perceberam que faltava um. Quem? Demorou até que dessem pela ausência dela, talvez porque Kika não tinha amigos que sentissem sua falta”.
Sarah, nome da jornalista que escreve o livro, nos conta que Kika sempre chamou muita atenção dos homens em todos os lugares por ser muito bonita e sempre despertou inveja em todas as meninas ao seu redor, e toda a investigação dos policiais dá a atender que tudo isso pode ter levado ao seu sequestro.

A história se alterna entre dois momentos no passado, o primeiro onde Sarah nos conta tudo aquilo que envolveu as investigações, desde o momento em que Kika desapareceu até o momento em que ela foi encontrada, e no segundo momento,  ela nos mostra uma conversa entre Conrado Bardelli e a mãe de Kika, Maria João, logo após a garota ser encontrada, onde o detetive particular tenta entender a história desde o começo através dos olhos angustiados da mãe da menina. Nesta altura da conversa entre os dois, Kika está em casa em estado de choque.



O livro é extremamente interessante, pois traz todo um contexto jornalístico, com fotos, matérias de jornais, comentários de redes sociais, o que realmente faz o leitor acreditar que aquele crime realmente aconteceu. Bonini, que é jornalista, fez um trabalho muito bom fazendo com que o crime se tornasse quase real para o leitor.
“Geralmente, num caso assim, a gente mergulha nos arredores e consegue pelo menos alguma coisa: um indício de pra onde a pessoa foi, câmera mostrando onde ela passou, testemunha que viu. No caso da Kika, não tinha nada, nada. Ficávamos olhando um pro outro, tentando entender, ‘gente, o que aconteceu aqui?’. É que, claro, não sabíamos ainda o tamanho da coisa.”
A forma como os crimes são descritos nos fazem ter várias suspeitas do momento inicial até a última página do livro. Eu mudei de ideia a cada personagem que era explorado, e no fim, quando achei que tudo tinha finalmente sido resolvido, o autor veio e me deu mais uma chinelada na cara e fez uma das maiores reviravoltas que eu já li em alguma história. De verdade, achei genial como tudo foi solucionado e só no fim consegui entender tudo o que estava acontecendo desde o começo e que não havia sido explicado muito bem.

A diagramação e edição da Faro também se superaram aqui, pois temos páginas diferentes para cada ponto alternado entre os passado e presente, temos fotos, recortes de jornais, tudo muito impecável, o que dá mais vontade ainda de ler esta obra incrível.

Aconselho o livro a todos aqueles que estão ávidos por um novo livro policial, porque ele é realmente muito bom. Nas minhas últimas resenhas aqui no blog, contei pra vocês o que achei de “Colega de Quarto” e “O casamento” e sem dúvidas este foi o melhor livro do autor entre os três.


Beijos

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