Resenha: A Sereia

Título: A sereia
Autor(a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 328
Ano de Publicação: 2016
Gênero: Romance/Fantasia
Nota: 3/5
Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água.Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e,durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar.Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca,até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil,o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou.Apesar de não poderem conversar pois a voz da sereia é fatal logo surge uma conexão intensa entre os dois.É contra as regras se apaixonar por um humano,e se a Água descobrir,Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre.Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência,ela está determinada a seguir seu coração.

Resenha: Oie povinho lindo, meu nome é Gabriela e eu sou uma das novas resenhistas do blog, sou estudante de letras, então ler e escrever é sempre um prazer para mim, espero que gostem de mim e das minhas resenhas. Li esse livro para um desafio literário que faço junto com minha melhor amiga, a primeira categoria é "Um livro lançado em 2016", procurei muito na minha lista de leituras até que achei "A Sereia", fiquei entusiasmada já que é Kiera Cass, que é dona de uma escrita maravilhosa que me deixou viciada na série "A Seleção", mas se você está procurando por mais um gostinho da seleção eu não recomendo ler esse livro em busca disso, A Sereia é algo totalmente diferente da primeira série de livros da autora, personagens, cenários e circunstâncias diferentes.

Kahlen está viajando de navio com sua família composta por seus pais e seus irmãos, uma viagem típica luxuosa já que são uma família que têm dinheiro e status, mas um naufrágio inesperado acontece depois de uma linda e hipnotizante música começa a levar as pessoas a se jogarem em alto mar, mas Kahlen não quer morrer, ela implora a quem estiver fazendo isso pela sua vida e é surpreendentemente respondida pela água.

"Não!, pensei enquanto lutava para voltar à superfície. Não estou pronta! Quero viver! Dezenove anos não eram o bastante. Ainda havia muitas comidas para provar e muitos lugares para visitar. Um marido, assim eu esperava, e uma família. Tudo isso, absolutamente tudo, desapareceria num instante. — De verdade? Não tive tempo para duvidar da existência da voz que ouvia e logo respondi: — Sim! — O que você daria para continuar viva? — Qualquer coisa! "

Mas Kahlen ao pedir isso não pensa nas consequências que são: ter que servir a água por 100 anos e nunca poder falar com ninguém pois agora que é uma sereia sua voz é mortífera e venenosa e qualquer um que a ouvi-la estará destinado a morte certa, então Kahlen se isola com suas irmãs sereias em casas em lugares isolados onde ninguém pode ouvir suas vozes, mas em uma de suas viagens e trocas de casas ao redor do mundo, ela se instala na Flórida, perto da uma universidade e conhece Akinli por quem se apaixona perdidamente o que já quebra várias regras de seu pacto com a água.

"Eu o expulso da minha cabeça quando entro na Água, porque sei o que ela diria. — Nada de mães nem de esposas. Ela não ia querer que você amasse alguém — Aisling comentou, com um quê de amargura na voz. "

O romance de Kahlen e Akinli me incomodou muito, não foi aquele romance que você suspira, se emociona e pensa, eu queria ter um amor desse em minha vida, foi algo superficial, que aconteceu em apenas 3 encontros, o drama criado ao redor do romance foi para mim algo extremamente exagerado para uma paixonite de 3 encontros, pois que tipo de pessoa faz um bolo com a outra e já quer desistir da própria vida para ficar ao lado dela? O romance de Kahlen com a água, isso sim foi interessante para mim, ali havia décadas de convivência, 8 décadas para ser exata, ciúmes, amor, existia momentos na leitura que eu cheguei a sentir que a água era meio lésbica (sim!), o ciúmes que ela tinha pela Kahlen mais parecia uma doença, e não era algo que ela tinha com as outras sereias quem serviam a ela.

"— Por que Ela faria isso com você? Ela te ama. — Parece loucura, mas acho que Ela estava com ciúmes — confessei. — Como se ele não pudesse ter meu carinho porque sou dela.
— Mas não é com ameaças que ela vai ganhar o seu amor"

O que gostei muito foi das “irmãs sereias” de Kahlen, elas não ligavam em servir a água, já que as vidas que tinham antes de serem sereias eram extremamente complicadas é sofridas, enquanto Kahlen se fecha em seu quarto, chorando é se lamentando 24 horas por dia é fazendo listas de quantas pessoas já matou com sua voz, Miaka e Elizabeth saem para se divertir em festas e aproveitam o tempo que ainda tem para ser lindas e imortais, mas mesmo achando Kahlen uma chatice entendi totalmente o lado dela, o fato de saber que todo ano ela terá de matar centenas de pessoas para alimentar a água a coloca em uma depressão profunda daquelas de chorar ouvindo arrocha (kkk) então ela acha um jeito de se sentir melhor com isso e começa a escrever diários sobre as pessoas que morreram ela pesquisa sobre a vida delas, o que não ajuda muito é claro.

E o jeito como a autora descreve a água nos faz pensar na água como uma pessoa real, física e com sentimentos, o que eu achei totalmente mágico, passei algumas horas da leitura imaginando como seria a água em forma de ser humano, abraçando, brigando e acalentando Kahlen.

“A sereia” não foi tão bom como eu esperava, mas também não me decepcionou tanto assim, só penso que a Kiera tem uma escrita tão maravilhosa, que nos faz voar então ela devia ter colocado mais esforço no romance que contém no livro e não apressar tudo , lemos o amor por Akinli como apressado que quer acabar logo, ficamos com a sensação que ficou faltando muita coisa ali e que aquilo que eles sentiam um por outro nem era exatamente um amor e sim uma garota querendo fugir da sua sentença e um pobre menino enfeitiçado pela beleza de uma sereia. 

É isso amores, até a próxima e espero que tenham gostado da minha primeira resenha aqui e obs: Que nomes estranhos desses personagens!!!!